Já não te provo,
nem sei o teu sabor.
Mas sei a que sabes.
Continuas vivo, aqui, dentro de mim.
Primeiro, a paixão enlouquecida de quem já se esqueceu o que é amar, e ama pela primeira vez. Os sorrisos, os toques, as exaltações da alma.
Depois o prazer, tão filosófico, hoje... tão carnal!
O ciume de quem quer possuir para alem do corpo.
O perdão tão falsamente imaculado que corroí a honestidade de uma utopia.
Arrancaste tudo de mim.
Deixas-te-me nua, no meu vestido negro de cetim...
Não voltes, não me ofereças mais o teu corpo.
Não me iludas mais com a tua alma.
Fica onde estás, a minha alma não te ilude. A minha alma entristece-te.
E eu... sorrio!