é o dia,
o dia consagrado e esquecido
amargurado e imaculado.
o hoje
é o principio,
o principio do que já vai a meio
o dia principal que assombra.
o hoje
é a lágrima,
a lágrima que limpas a disfarçar
depois de a forçar.
o hoje
é a solidão,
a solidão que inventaste,
a solidão que (não) comove.
o hoje
é o grito,
o grito que custa a sair, que quer sair, que precisa de sair
o grito que ninguém pode ouvir.
o hoje
é o sorriso,
o sorriso virgem e cândido
o sorriso hipócrita e irónico que todos têm num pedestal.
o hoje
é o dia,
o dia em que te digo que os ontens foram demais.
e amanhã... será amanhã.
o hoje,
o hoje nunca mais.
(...estava ali guardado, num caderno antigo, com o pó de varias mudanças, de varias metamorfoses e achei que era altura de o passar para aqui.)
álvaro de campos / realidade
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Sim, passava aqui frequentemente há vinte anos...
Nada está mudado — ou, pelo menos, não dou por isso —
Nesta localidade da cidade...
Há vinte anos!...
...
Há 6 horas
1 comentário:
Olá, agradeço a visita e o comentário que me deixou.
Gostei do que escreve e deste espaço. Voltarei, sem duvida.
Até lá deixo-lhe um beijo de Luz.
Isa
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