Pediste-me para confiar, que a seu tempo entenderei o porquê de te fechares em ti mesmo, o porquê de te esconderes na tua liberdade. Eu confio mas não entendo, nem posso entender...
Ontem foi, talvez, a noite em que te vi pela ultima vez, e apesar de me jurares que não, sei que no fundo eu devo ter razão... Sinto-me tão impotente, perante isto a que chamam destino. Que nos junta para nos separar, em tão pouco tempo... Ambos sabemos que não foi por acaso. Não foi mesmo por acaso. E apesar de neste momento não entender, de estar perdida, em mim, nos meus sentimentos, estou bem.
Não sei o que escrever no final deste curto capítulo da minha vida que escrevemos juntos. Não sei se deva escrever já o ponto final. Se o deixo assim... Mas sei que tenho que seguir...
Desde o inicio que fomos sinceros, e sabia-mos que esta situação teria um inicio, um meio e um fim. E sempre soubemos que o fim seria ontem... Mas fizeste-me crer e querer que ontem não foi um fim. Sei que tens algo que te prende, algo que te impede, de seguires. E no silêncio de todas as palavras que disseste ontem, pediste-me que esperasse por ti, que irias voltar, voltar leve, voltar sem receios, voltar sem medos. Não sei se voltas, mas sei que não partirás.
De mim, não partirás.
Sentirei tanto a tua falta... Sinto tanto a tua falta...
Mas confio em ti, confio nos teus olhos, confio no teu abraço. Vou confiar, porque mereces que confie. Fizeste-me bem, tão bem...
Tudo depende de ti, eu... estarei aqui.
antónio franco alexandre / corto viaggio sentimentale, capriccio italiano
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segredava-te, do tempo o vão aspecto;
existias de noite como a letra
de todo o movimento, e das estrelas
o céu pintado ao fundo;
e distraído, às ve...
Há 11 horas
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