sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Fado


Sei que o fado está traçado
Nas linhas da minha mão.
Sei que a loucura de um verso amargurado
Me transporta por ai ao vento, que me leva em vão.


Para um sei-lá de enfins, que me beija a pela despida.
Que me envolve perdida,
Que me sussurra mentiras de louvores.
Que me consome, que me prende, que me arranca suores.


Mas será este o fado que canto
O fado que me encanta sem cantar
Será este o meu pranto
Que busco em vida e passo a vida sem encontrar.


Serás tu o meu fado cruel,
Que me enlouquece que me arrepia a pele?
Serás tu o meu fado?
Serás tu quem me acompanha, sem nunca me ter tocado?


Procuro-te porque me mata a sede procurar-te.
Não te quero prender, não quero magoar-te.
Não te quero saber de cor, ou cantar-te à desgarrada
Só te quero amar, nem quero ser amada.

1 comentário:

Jorge Bastos disse...

É com muito gosto que aqui venho querida Andreia...

É algo que não tem forma de agradecimento por ser feito de coração.

Beijo.