quarta-feira, 25 de junho de 2008

Espiral

Suspiraste em mim, no sangue frio da noite. Quebraste o final da madrugada, com o respirar da flor. Tocaste a pintura distante, com os dedos frios a queimar de medo. E fugiste. Foste a correr pelos paraísos dos teus olhos, cansados da viagem longa de dormir. Morreste-me, onde cantaste a canção de embalar ao Mundo. Foste a razão da excepção da regra. Sussurraste mil perdões enquanto te rias a morrer num desespero tão feliz. Continuaste num nada, a pisar as pedras e a rasgar a pele das mãos.

Sem comentários: